Meu filho ainda não fala… será que ele tem autismo?

Certamente esse título pode soar muito familiar para alguns pais. Após o nascimento, aguardam ansiosamente por todas as fases… primeira mamada, primeiro sorriso, sentar, engatinhar, ficar em pé, e é claro, “começar a falar”. Ouvir o primeiro “mamãe” e “papai”.

E quando a fala não surge? Infelizmente, ainda, muitos pais adotam o “ah, ele tem o tempo dele, espera que irá falar”. Ou então, buscam a internet, e lá se deparam com inúmeras características apresentadas pelo filho no dia a dia e em seguida cria-se um pré diagnóstico que em muitas das situações é equivocado.

Uma criança que não fala pode ter autismo? Pode, mas não é necessariamente isso. O atraso de fala pode estar relacionado a dificuldades de audição e falta de estímulos adequados – aqui estão inclusas crianças que ficam muito tempo expostas a eletrônicos.

Nos dias atuais a tecnologia faz parte da nossa rotina e com isso ela é implantada nos pequenos desde muito cedo o que realmente atrapalha no desenvolvimento das habilidades de comunicação, criação e brincar. A estimulação precoce é trocada pelo uso de vídeos e eletroeletrônicos o qual causa uma hiperestimulação no cérebro dos bebês e nada é mais motivante para eles que o uso dos equipamentos.

Dessa forma vale lembrar aos pais que restringir o uso desses equipamentos não é maldade, é fazer estimulação de outras formas. Enquanto não tiverem conhecimento a esses meios, estão aprendendo a brincar e explorar o ambiente e em consequência desenvolvendo as habilidades de comunicação, bem como, o treino para dar as primeiras palavras e desenvolvimento de para a aprendizagem.
Vale ressaltar que:

Primeiramente independente de qualquer diagnóstico ou mesmo desenvolvimento típico eles precisam de atenção, amor carinho e muita estimulação. Então fique atento ao desenvolvimento adequado.

Ao nascer é necessário realizar o teste da orelhinha ainda nos primeiros dias de vida. Esse é gratuito e pode ser realizado na maternidade, afim de descartar as alterações auditivas do primeiro ano de vida.

Após esse descarte de 0 a 6 meses inicia o balbucio. Repetir os balbucios dos pequenos é a primeira forma de comunicação.

Dos 06 meses ao 09 meses já atende quando é chamado e continua o balbucio como Feedback. Passa a ter maior percepção da sua fala.

Dos 09 meses aos 12 meses evolui nos aspectos motores engatinha levanta-se com apoio e começa a dar os primeiros passos além de fazer imitações como mandar beijo e dar tchau.

Aos 12 meses inicia as primeiras palavras e compreende ordens simples.

Dos 13 meses aos 18 meses desenvolve com maior intensidade a parte motora e fala de 20 a 50 palavras.

Nessa etapa é de suma importância que o bebê compreenda ordens e as execute.

Aos 02 anos seu vocabulário se aproxima de 100 palavras e alguns já falam frases simples.

A partir dessa etapa, começa a fase do atrasos no desenvolvimento destas fases podem indicar algum tipo de alteração na linguagem. Essas alterações podem ser causadas por problemas auditivos, otites, falta de estímulos adequados ou limitações cognitivas.

Quando o bebe não reage a sons fortes como palmas, pode ser um indício de problemas auditivos. Outro sinal é quando a criança não responde a fala dos pais, não atende quando é chamado pelo nome ou ouve frases simples e não imita o som ou a palavra.

Língua presa também leva ao atraso de fala. Bebês que tem dificuldades de sucção na amamentação, em colocar a língua para fora, que tem a língua em formato de coração, que sentem fome após a mamada, podem ter língua presa, dificultando também a emissão de sons da fala.

É de extrema importância que o profissional fonoaudiólogo seja procurado e assim identificados os fatores que estão dificultando a fala desta criança.

O desenvolvimento da linguagem exige estímulos que devem ser realizados diariamente pelos pais. Conversar, ler em voz alta, cantar, brincar de faz-de-conta e estimular os cinco sentidos são excelentes formas de desenvolver a linguagem.

 


Ana Kelly Baroni – Fonoaudióloga | CRFa 10045/ SC

Tainise Mazon – Fonoaudióloga CRFa RS 7-10456

Clínica RESONARE | (49) 3433-0395 | (49) 9 9900-0004

 

Compartilhar via:

  • ANA KELLY BARONI
  • Fonoaudióloga | CRFa 10045/SC
  • Responsável técnica
  • clinicaresonare@gmail.com